

A história das Irmãs Oblatas no Brasil começou
a ser construída em janeiro de 1935, quando sete delas chegaram ao
Rio de Janeiro vindas da Espanha, com a missão inicial de
construir Educandários para acolher meninas pobres e carentes,
provenientes de famílias desestruturadas. Em busca deste objetivo,
estas primeiras religiosas lutaram diariamente, com muita
dedicação e sacrifício para obter fundos, através de campanhas,
rifas e da ajuda de benfeitores.
O sonho de expansão as levou aos estados de São
Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e Bahia. Vários foram
os frutos colhidos deste trabalho com as menores carentes. Muitas
delas tornaram-se advogadas, médicas, fisioterapeutas, assistentes
sociais e constituíram família. Em seus depoimentos, as
ex-internas lembram com emoção e saudade o tempo passado junto às
Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, relatando que ali, em meio à
disciplina e austeridade dos internatos, receberam formação e base
espiritual para a vida que têm hoje.
Outras, mesmo depois de alcançarem idade para
saírem em busca de seus próprios destinos, preferiram continuar
morando com as Irmãs e optaram por consagrarem-se a Nossa Senhora
do Perpétuo Socorro, passando a receber o nome de “Maria” – nove
ainda vivem no Rio de Janeiro, na Casa da Terceira Idade. Há dez
anos, os educandários foram fechados e tiveram seus prédios
destinados a outros fins. O perfil das meninas de 13 a 15 anos já
não se adequava mais a realidade proposta pelos internatos e
também não havia condições financeiras para manter toda a
estrutura oferecida, que era gratuita.
Atualmente, com a reformulação do trabalho das
irmãs, assim como de sua área de atuação, que se dá junto as
mulheres em situação de prostituição, essa atividade é conduzida
através de projetos pastorais em São Paulo, Salvador,
Juazeiro,
Belo Horizonte, onde as Irmãs do Santíssimo Redentor têm aberto
portas, conquistado parcerias e realizado um trabalho social de
crescente qualidade e afinidade com o carisma da Congregação.

De lá pra cá, a Congregação de Irmãs Oblatas
vem numa retomada definitiva do carisma de sua fundação: o
trabalho de Libertação e Humanização da Mulher em Situação de
Prostituição.
Nosso carisma se manifesta numa espiritualidade
encarnada, onde experimentamos na realidade em que vivemos, a um
Deus Pai–Mãe que se interessa por toda a pessoa humana, e faz
surgir a Vida onde ela está ameaçada, oprimida e oculta. Um Deus
que caminha conosco, nos interpela e nos envia a experimentar e a
partilhar a libertação com as mulheres que se encontram em
contexto de prostituição.
Esse Deus se faz presença humana, próxima,
solidária e libertadora em Jesus, que é a fonte de nossa
Espiritualidade desde as origens, seduzindo os Fundadores e cada
uma das Irmãs Oblatas ao longo da história congregacional.
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